Estudantes de São Félix do Coribe são finalistas na FEBRACE 2021 por criarem tinta ecológica e gerador de energia eólica

A 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) selecionou dois projetos de iniciação científica protagonizados por estudantes do Colégio Estadual Professor Valdir de Araújo Castro, no município de São Félix do Coribe, no Oeste baiano. As duas experiências estão entre os 19 projetos da rede estadual classificados para a final da feira, uma das mais importantes do país, que reúne estudantes de todos os estados. Por conta da pandemia do Coronavírus, a FEBRACE será realizada, este ano, em formato virtual, entre os dias 15 e 27 de março. A lista completa dos finalistas pode ser conferida no endereço: (https://bit.ly/3cCZjJU).

Foto: Divulgação

“As cores da nossa terra” e “Parque de geradores eólicos superpotentes” foram os dois projetos da unidade escolar selecionados. Com o objetivo de demonstrar a originalidade da tinta ecológica extraídas dos vários tipos e cores de solo da região e que podem ser utilizadas como alternativa biodegradável, o projeto “As cores da nossa terra” é protagonizado pelas estudantes Maria Naiane Benevides Santana, 20, e Tatiane Alves de Carvalho, 17, ambas do 3º ano do Ensino Médio. “Este trabalho tem uma importância muito grande, que é podermos ajudar o meio ambiente e as pessoas com problemas de respiração ou alergias, já que a tinta produzida tem origem orgânica, sem o cheiro forte das tintas químicas. Chegar à FEBRACE para mostrar o que a nossa terra tem é uma satisfação enorme”, conta Tatiane. A colega Naiane complementa: “O nosso projeto é, aparentemente simples, mas é importante para o planeta, pois estamos contribuindo com uma alternativa ecológica para não poluir o meio ambiente”.

O experimento “Parque de geradores eólicos superpotentes”, por sua vez, visa “proporcionar uma economia no consumo de energia elétrica de maneira eficiente e sustentável, através da conversão de energia mecânica em energia elétrica, utilizando materiais de baixo custo, de montagem simplificada e muito potentes”, como explicam os estudantes Lucivânia de Sousa e Henrique de Santana Araújo, ambos de 17 anos e cursando o 3º ano do Ensino Médio. “É muito importante estar na final da FEBRACE, por ser uma grande oportunidade de mostrarmos um gerador simples, eficiente e de baixo custo”, revela Lucivâniia, destacando que o projeto foi criado para atender, principalmente, a população da zona rural que, muitas vezes, tem dificuldade de acesso à eletricidade. O colega Paulo Henrique, também faz suas considerações: “É muito importante esta oportunidade de mostrarmos na maior feira de Ciência do Brasil uma ideia cujo propósito é ajudar as pessoas a terem sua própria energia limpa e renovável e, o que é melhor, sem agredir o meio ambiente”.

A professora-orientadora Luseni Rodrigues de Sousa comenta sobre a importância de os trabalhos serem finalistas na FEBRACE. “São autorias verdadeiras do entender as questões da Ciência e a necessidade de pesquisar, que é a mola propulsora integral do desenvolvimento do estudante. Devido à pandemia, o seu processo de realização foi desenvolvido pelos alunos em suas casas, com orientações remotas”, relatou a educadora, que ensina as disciplinas de Biologia e Iniciação Científica na unidade escolar.