Casa do Governo na Flica oferece experiência multicultural para estudantes da rede estadual

Muitos estudantes da rede estadual de ensino estão experimentando, pela primeira vez, a participação em um grande evento multicultural, por meio da programação oferecida pelo governo baiano na 12ª Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Focadas no protagonismo estudantil, as atividades contam com o apoio da Secretaria da Educação do Estado (SEC) e os alunos marcam presença dentro e fora dos palcos.

Na Casa do Governo, instalada na Fundação Hansen Bahia, acontece a maior parte da programação da SEC. Uma das atrações, deste sábado (19) à tarde, foi o Sarau Lítero-Musical. Uma oportunidade para a estudante Deyliane Oliveira, 16 anos, do Colégio de Tempo Integral de Salinas da Margarida, apresentar uma poesia sobre o músico e compositor Clodoaldo Brito, mais conhecido como Codó, um artista do município com projeção nacional.

O poema é da autoria da sua colega Ana Sara Damasceno Silva, que não foi à  Cachoeira. “Vim representá-la e estou adorando a Flica. Sou aquela que gosta de participar de tudo na escola e vir aqui está sendo ótimo. Também é muito importante falar de um artista da minha terra. É  minha primeira vez na Flica, mas já quero voltar no próximo ano. Estou achando a programação muito boa e tudo bem organizado aqui, na casa. Não perco mais”, disse.

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual também estão tendo a oportunidade de conhecer a Flica. É o caso de Jéssica Cruz dos Reis, do Colégio Estadual de Alagoinhas. “Já tinha ouvido falar e há muito tempo queria vir nesta feira. Está maravilhoso.  Tem muita coisa para gente ver. Meu principal interesse são livros. Quero aproveitar muito este momento”, comentou, entusiasmada.

A professora Pollyana Coelho veio acompanhando um grupo do Colégio Estadual de Alagoinhas. “Nós trabalhamos na escola com os projetos estruturantes da SEC e estamos trazendo alguns deles para a Flica. São trabalhos das áreas da Linguagem e das Ciências Humanas. Está sendo muito bom ver os estudantes participando. É uma experiência incrível”.

A Flica 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, a LDM (livraria oficial do evento) e a CNA NET (internet oficial do evento) e conta com o apoio da Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária – ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura – e da Secretaria de Educação, além da Acelen e Bahiagás.

4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil recebe inscrições até 1º de novembro

A Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), abriu as inscrições para a 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-A), uma versão totalmente online e disponível para qualquer pessoa acima de 12 anos. O objetivo principal é ampliar o acesso ao conhecimento sobre a História do Brasil a estudantes e a um público que não está vinculado ao ambiente escolar. As inscrições seguem até 1º de novembro e podem ser feitas pelo site www.onhb.com.br.

Com a ONHB-A, o público poderá acessar os conteúdos oferecidos na versão original da Olimpíada, que é destinada a estudantes dos ensinos fundamental (8º e 9º anos) e médio . A prova propõe reflexão e debate e, além de História, também traz questões que permeiam assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades, entre outros.

Para participar é preciso se inscrever em uma das quatro modalidades. Em duas delas, “individual” e “grupo”, pode participar qualquer pessoa acima de 12 anos. Na categoria “grupo”, os interessados podem convidar amigos e familiares e formar equipes com duas a seis pessoas.

Nas modalidades “escolar privada” e “escolar pública”, podem se inscrever grupos formados por um professor e três estudantes dos ensinos fundamental (7º, 8º ou 9º anos) ou médio e também da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Nestas duas modalidades, a proposta é que estudantes e professores possam conhecer o projeto ou, aqueles que já participam, tenham a chance de se prepararem para a próxima edição da ONHB, que irá ocorrer em 2025.

Na ONHB-A, os estudantes de escolas públicas também terão a chance de ganhar bolsas de iniciação científica júnior, oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Serão selecionados os alunos que atenderem aos critérios do CNPq.

Sobre a prova e fases da ONHB-A

A ONHB-A prevê três fases com cinco questões de múltipla escolha e uma tarefa. A quarta etapa conta com uma tarefa principal. Todas as fases são online e têm duração de uma semana cada, período que pode ser usado para que os participantes pesquisem e debatam  as questões apresentadas.

A prova será aplicada de 11 de novembro a 7 de dezembro. A ONHB-A é eliminatória e prevê a entrega de medalhas virtuais.

A ONHB-A é realizada pela Unicamp, com apoio do CNPq, da Associação Nacional de História (Anpuh), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) e Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp. Os recursos são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Prêmio IDEB divulga a lista final das escolas contempladas em sua 1ª edição

A lista final das unidades escolares e Núcleos Territoriais de Educação selecionados para a primeira edição do Prêmio IDEB foi divulgada  pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), no Diário Oficial desta quarta-feira (17). Criado em 2023, o prêmio visa reconhecer escolas estaduais e Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) que alcançaram ou superaram as metas estabelecidas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Ao todo, 243 unidades escolares, distribuídas entre os 27 NTEs, serão premiadas por seus avanços na proficiência e no fluxo. A lista completa das escolas selecionadas está disponível no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br).

Instituído pelo Edital SEC nº 13/2023, o prêmio totaliza R$ 10 milhões em recursos, dos quais R$ 500 mil serão divididos igualmente entre os NTEs com, pelo menos, uma escola que tenha cumprido a meta do IDEB. As escolas que atingiram suas metas receberão, juntas, R$ 9,5 milhões, repartidos de maneira igualitária. Deste montante, 40% serão destinados a iniciativas propostas pelos professores, como participação em eventos educacionais e execução de projetos. Os outros 60% serão investidos em melhorias de infraestrutura tecnológica e aquisição de equipamentos e mobiliário.

Entre as escolas premiadas, se destacam aquelas que, além de superarem suas metas, implementaram práticas pedagógicas inovadoras. Este avanço reflete o conjunto de ações promovidas pela SEC, como melhorias na infraestrutura escolar; fortalecimento dos programas de alimentação e transporte escolar; expansão do Bolsa Presença; e uso da Plataforma Plurall para avaliações, além de suporte pedagógico e recursos tecnológicos. Visitas técnicas com planos de intervenção também foram fundamentais para o crescimento do IDEB nessas unidades.

Professora aposentada da rede estadual celebra magistério como ofício que transcende a sala de aula

O desejo de fazer a diferença na vida dos seus alunos é o que sempre moveu a professora de Língua Portuguesa e Redação, Rozanne Carla da Silva Garcia, 55 anos. Para tanto, acreditava que, diariamente, “deveria promover uma revolução no pensar e no agir deles”. A educadora assegura que a meta foi batida com sucesso, no decorrer de 30 anos dedicados ao magistério público da rede estadual da Bahia, da qual se aposentou em 2021. O balanço positivo de sua trajetória, diz, é fruto de um trabalho realizado com amor, empatia, devoção e responsabilidade. Nascida em Alagoinhas e residente em Salvador, ela continua acumulando “relevantes e desafiantes” histórias na carreira. Na passagem do Dia do Professor (15 de outubro), a docente comemora as vitórias e se recorda como tudo começou.

“Sempre gostei de acompanhar minha mãe, que era professora do Ensino Fundamental, quando ia dar aulas. Ela ensinou na rede pública por mais de 32 anos. Tive o melhor exemplo de educadora em casa. Vê-la preparar o material para os alunos, com dedicação e carinho, foi o meu maior incentivo. Não existiam obstáculos para ela, assim como para mim. As adversidades me impulsionaram a ser cada vez mais referência para meus alunos”, conta. Para Rozanne, que estava recém-graduada quando passou no concurso público estadual, em 1992, a conquista significou não só estabilidade e independência econômica, mas, sobretudo, “a possibilidade de oferecer o seu melhor para se tornar uma profissional que pudesse fazer a diferença”.

Rozanne acredita que a presença do professor é essencial, também, para que aconteçam mudanças no processo social. “As salas de aula apresentam, diariamente, desafios para qualquer educador. Independentemente de seus conhecimentos ou títulos, a Educação, hoje em dia, exige muito mais do professor. Saber administrar conflitos; ter a atenção dos alunos durante a exposição dos conteúdos; validar a educação como forma de alcançar objetivos e conquistas, sem dúvidas, são tarefas que exigem bastante de nós”.

Presença marcante – A recompensa do ofício vivido com paixão chegou em episódios que encheram a professora de orgulho. “Provavelmente, os mais significativos foram os que ouvia dos estudantes, no final do Ensino Médio: muito obrigado(a) por ter acreditado em mim, por não ter desistido de mim. Muitas vezes, fui chamada de mãe pelos meus alunos. A maneira firme que falava representava segurança para a grande maioria. Dizer não, quando necessário, fazia a diferença em momentos difíceis. O que me deixa mais feliz é saber que vários acreditaram neles, porque eu acreditei”, reflete Rozanne, que adotava o sociointeracionista como método pedagógico. “Sempre acreditei que toda construção deve ser bilateral. Meu conhecimento seria uma ponte de construção para que o aluno alcançasse sua vitória”, justifica, ressaltando que trabalhou com projetos da Secretaria da Educação do Estado (SEC) voltados para o protagonismo estudantil como forma de investimento educacional.

Nessa perspectiva, a educadora diz que jamais desistiu de tentar fazer o possível para ajudar a transformar a realidade dos seus alunos, não negando as dificuldades, mas os incentivando, os encorajando e os acolhendo. “Estar em sala de aula é desafiador, nem sempre temos o necessário. Por isso, resolvi que eu seria o melhor material didático para eles”, pontua a professora, que iniciou sua jornada no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, no bairro da Caixa D’Água, e, em seguida, passou pelos colégios estaduais Francisco da Conceição Menezes, no Cabula; Heitor Villa Lobos, no Cabula VI; e Carlos Santana, no Nordeste de Amaralina. Nessa trajetória, os educadores Paulo Freire, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro foram suas maiores referências. “As perspectivas libertárias, críticas e consistentes do papel do educando e do educador sempre me fizeram acreditar na educação como um processo igualitário”, enaltece.

Se pudesse falar para os que estão iniciando ou que pensam em desistir, ela diria: “Acreditem na sua verdade, no seu poder de transformação e em seu plantio. Qualquer profissão, quando exercida com responsabilidade e competência, vale a pena ser seguida. No entanto, apenas nós, professores, permanecemos no subconsciente daqueles que habitam nossas salas de aula. Somos nós que incentivamos a construção de sonhos, somos nós os semeadores de todas as outras profissões”.
Fotos: Divulgação

Bioma da Caatinga é destaque no terceiro dia da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Quixabeira

O município de Quixabeira, localizado no Território de Identidade da Bacia do Jacuípe (NTE 15), está sediando, nesta terça-feira (15), uma série de atividades que integram a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A programação local, que acontece na Escola Familiar Agrícola de Jabuticaba, marca o terceiro dia do evento, que ocorre em todo o Estado, até esta sexta-feira (18), sob o tema “Biomas da Bahia: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, alinhado à proposta nacional.

Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga é o foco central do evento em Quixabeira. As atividades visam destacar a biodiversidade da região e promover discussões sobre tecnologias sociais que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável local. Para Poliana Reis, diretora de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), este enfoque é essencial. “Esta é uma semana de extrema importância para a ciência e a tecnologia, bem como para a população como um todo, mas que traz um sentido especial para povos e comunidades tradicionais. Como o tema já diz, a ação visa valorizar os biomas da Bahia. Então, aqui nós estamos nesse processo de valorização da Caatinga e foi escolhida a Escola Família Agrícola de Jabuticaba por ser referência no trabalho de preservação desse bioma. Estamos muito felizes por estarmos aqui, presenciando este momento que é tão relevante”.

O evento em Quixabeira faz parte de um esforço mais amplo em toda a Bahia, com mais de 80 atividades planejadas em unidades escolares em várias regiões do Estado, desde o Quilombo de Kaonge, em Cachoeira, até as aldeias indígenas em Prado. As atividades, que envolvem escolas públicas e universidades estaduais, buscam levar conhecimento e inovação para diversas comunidades, reforçando a importância da ciência e da tecnologia como ferramentas para o desenvolvimento regional.

Com uma programação diversificada, o evento inclui palestras, passeios guiados pela escola e exposições, reunindo estudantes, professores e convidados  e criando um espaço de diálogo. Marcius Gomes, chefe de gabinete da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), também ressaltou a relevância do encontro”. Esta parceria, que envolve a SEC e a SECTI, conforme recomendação do nosso governador, fortalece a Educação Científica na Bahia. A escolha da Escola Família Agrícola de Jabuticaba é significativa no sentido de podemos reconhecer e incentivar a produção do conhecimento e o que os meninos e meninas do campo têm produzido a respeito de demandas que estão no seu cotidiano”.

Um dos destaques do evento é a promoção da integração entre a ciência e os saberes tradicionais da região. A Escola Familiar Agrícola de Jabuticaba desempenha um papel fundamental nessa troca de conhecimentos. Segundo Iracema Lima, diretora da escola, a Escola Família Agrícola trabalha com filhos e filhas de pequenos agricultores. “E nós trabalhamos justamente no sentido de desenvolver e de potencializar as tecnologias sociais de convivência com o semiárido. A unidade escolar funciona como laboratório e estar sendo palco para este evento diz muito sobre a importância desse lugar e dessa troca de saberes.  É necessário que aconteça isso para que a gente esqueça aquela ideia de que ciência é algo que se faz em laboratório. Para sobreviver, o povo da Caatinga precisa de muita ciência, descobertas e  reinventar muitos caminhos e muitas trilhas para continuar firme”.

Programa do Bolsa Presença, do Governo do Estado, contribui para permanência de estudantes mais vulneráveis

O crédito do Bolsa Presença referente ao mês de outubro será disponibilizado pelo Governo do Estado, nesta terça-feira (15). Cada família de estudante habilitado para o programa recebe R$ 150 por mês, durante o ano letivo, acrescidos de R$ 50 por aluno, a partir do segundo aluno matriculado. Neste mês, serão beneficiados 405 mil estudantes distribuídos entre 361 mil famílias em condições de vulnerabilidade econômica. O investimento do Estado é de R$ 56,4 milhões.

Para receber o benefício é necessário manter atualizado o cadastro da família no CadÚnico e os estudantes precisam participar das avaliações de aprendizagem realizadas pela unidade escolar, que visam orientar o acompanhamento pedagógico. Com o auxílio, os estudantes podem comprar alimentos, materiais de limpeza e remédios ou utilizá-lo em outras necessidades da família ou do aluno. Para conferir a lista de estabelecimentos credenciados junto à operadora do cartão, basta acessar a Central de Autoatendimento (https://cartao.algorix.com/Lecard/Atend/LoginGift.aspx).

Quem tem dúvidas sobre o programa deve entrar em contato pelo telefone 0800 071 6511, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h. As informações também podem ser obtidas nas escolas onde os estudantes estão matriculados. Já os canais de comunicação para mais orientações sobre o uso do cartão são o WhatsApp (‪27 2233-2000) ou o app Le Card, disponível para celulares iOS e Android.

Sobre o Bolsa Presença – O programa foi criado pela Lei nº 14.310, de 24 de março de 2021, com a retomada das atividades letivas na rede estadual de ensino, após o período de isolamento social imposto pela pandemia do Coronavírus. Em 16 de dezembro de 2021, com a Lei nº 14.396, que alterou a lei original, o auxílio passou a ser permanente e reconhecido como uma política de Estado.

Educadores da rede estadual recém-empossados destacam compromisso com o ensino público

Na semana dedicada ao Dia do Professor e da Professora, celebrado nesta terça-feira (15), os educadores Tiago Paiva e Pricila Horrana Lima, recém-chegados à rede estadual de ensino, destacam o prazer de estarem presentes em sala de aula, contribuindo para o fortalecimento da educação pública de qualidade. Eles ingressaram este ano na rede estadual de ensino, após aprovação no concurso público da Educação, realizado em 2022, seguida de convocação e nomeação pelo Governo do Estado da Bahia.

Para Pricila Horrana, que leciona Língua Portuguesa desde o mês de abril, no Colégio Estadual Professora Helena Britto, localizado na cidade de Pedro Alexandre, ser professora é um papel que vai além de transmitir conhecimentos. “É um convite diário para inspirar, embora seja uma tarefa cheia de desafios. É uma experiência rica e transformadora e, acima de tudo, a realização de um sonho que almejo desde a barriga de minha mãe, pois a acompanhava até nas classes”, considera.

A educadora falou da importância do contato cotidiano entre professor e aluno. “Cada sala de aula é um microcosmo de possibilidades, onde cada interação pode acender uma faísca de interesse, que pode durar uma vida inteira. O olhar atento de um aluno ao entender um conceito, o sorriso de satisfação ao completar uma tarefa e até as conversas que se desenrolam desenfreadamente no final da aula refletem sobre sonhos e aspirações. Tudo isso faz valer a pena cada desafio”.

O professor Tiago Paiva, que ensina Matemática desde julho, no Colégio Estadual do Campo Mamédio Batista Lobão, no Distrito de Lagoa Grande, no município de Cândido Sales, também fala da sua satisfação em lecionar na rede estadual de ensino. “Tento trabalhar de uma forma amistosa, empática, com muito afeto e amor para ser, de alguma forma, inspiração para esses jovens. Eu espero contribuir com dinamismo, muita vontade e alegria para tentar trazer a Matemática para o cotidiano dos estudantes”, relata.

Com o intuito de tornar o processo de ensino e aprendizado mais atrativo, Tiago pretende desmistificar a Matemática como uma disciplina difícil. “Através de formas dinâmicas e com muita empatia, quero fazer com que os alunos sejam seduzidos para a Matemática e tentar, de alguma forma, deixar esse impacto positivo na minha trajetória no Estado. Estou muito feliz e espero contribuir dentro e fora da sala de aula”, diz, entusiasmado.

Concurso – Por meio do concurso SAEB 03/2022, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) convocou, em três etapas, 4.005 profissionais para a carreira do magistério, sendo 3.105 professores para a Educação Básica, 866 coordenadores pedagógicos e 34 coordenadores pedagógicos para as escolas indígenas. A terceira convocação, realizada em 28 de setembro, inclui 1.101 professores efetivos, 560 coordenadores pedagógicos e 16 coordenadores pedagógicos indígenas, que atuarão nas escolas distribuídas nos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE).

Dia do Professor: após mais de duas décadas, entusiasmo com o ofício é o mesmo para a docente Jancy Nery

Já são 24 anos de carreira docente na rede de ensino da Bahia. O sonho de trabalhar em um colégio estadual foi perseguido com muitas horas dedicadas à preparação para o concurso do Estado, do qual saiu vitoriosa. A professora Jancy Midlej Nery, 65 anos, já poderia se aposentar, mas não pretende se afastar da sala de aula, pelo menos, nos próximos dois anos. Sua dedicação e seu amor pelo magistério continuam sendo presenças assíduas no Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) do Chocolate Nelson Schaun, no município de Ilhéus, onde leciona desde 2016. E, agora, com o investimento de requalificação da unidade escolar pelo Governo do Estado, é que não pensa em encerrar o ofício, segundo ela.

Jancy é daquelas educadoras que vivem para a missão, com orgulho, resiliência e determinação. Transbordando sensibilidade e simpatia, a professora conta que a profissão foi escolhida quando ainda era criança, na cidade de Ipiaú, onde nasceu. “Eu sempre quis entrar no magistério. Desde bem menina, adorava ensinar a outras crianças. Gostava de brincar de ser professora. A minha prima Góia Midlej, mais velha que eu, me ensinava e, com ela, aprendi muita coisa e tomei gosto”, revela, ressaltando que é consciente com o fato de a carreira envolver transmissão e consolidação de conhecimentos e troca de experiências com os estudantes.

A sua docência é voltada para o ensino da língua, com práticas voltadas à produção de texto e à compreensão de mundo, valorizando a autonomia do estudante, o diálogo e a transformação da realidade. “Prefiro trabalhar com o uso da linguagem para transformar o pensamento frente as coisas práticas da vida. Para tanto, abraço os projetos estruturantes da Secretaria da Educação do Estado, como o AVE (Artes Visuais Estudantis), TAL (Tempos de Arte Literária) e EPA (Educação Patrimonial e Artística), visando estimular o hábito da leitura, a partir de temas como o cacau, região cacaueira e sustentabilidade”, afirma a professora, que já lecionou no Centro Integrado de Educação Rômulo Galvão, que depois passou a ser chamado de Colégio da Polícia Militar, e no Colégio Estadual Antônio Sá Pereira, ambos em Ilhéus.

Nessas unidades escolares em que atuou, Jency revitalizou as bibliotecas, bem como a do Ceep do Chocolate Nelson Schaun sempre envolvendo os alunos na ação. “Estou muito feliz por ter feito, recentemente, três projetos estruturantes no Ceep, sobre o tema do cacau. “Trabalhamos com fotografias. Ficaram lindas as fotos e os depoimentos dos alunos foram maravilhosos, bem como os poemas e o quadro que realizaram. Eu adoro trabalhar com projetos que envolvem artes”, pontua a docente, que concluiu a graduação em 1993, na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), antecessora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Depois de duas décadas de experiência educacional na rede estadual, Jancy continua seguindo a linha da arte-educação, buscando unir a arte do fazer com a prática. “É dessa forma que, ao meu ver, fica mais fácil e eficiente adquirir conhecimentos. Como professora, além de transmitir conhecimentos dentro do processo de ensino e aprendizagem, meu papel é ajudar o estudante a compreender o lugar onde vive e a respeitar as pessoas, suas ideias e diferenças, sendo estes princípios norteadores para a construção do indivíduo-cidadão, com práticas sustentáveis no seu cotidiano”. E, nessa avidez de contribuir sempre mais com o aprendizado do alunado, deixar o magistério só lá para 2027. “Quero vivenciar o Ceep do Chocolate Nelson Schaun todo reformado, que ganhou piscina semiolímpica, refeitório, quadra de esporte, entre outros equipamentos, e deverá ser reinaugurado no final do ano”, comemora.

Vitória conquistada – A trajetória profissional de Jancy foi iniciada quando ela ainda ia completar os 18 anos, no Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), no Pelourinho, onde trabalhava com alfabetização e arte-educação, mexendo com cerâmica, música e teatro de bonecos”. O emprego era um meio de subsistência. Mas seu plano de entrar para o quadro de professores da rede estadual estava sendo traçado. “Estudei bastante para passar no concurso, não foi fácil, mas fui vitoriosa. Tinha dois filhos pequenos, estava separada, sem apoio. Até hoje, continuo buscando me atualizar sempre. Tenho feito todos os cursos que o Estado oferece para a mudança de grau ou de padrão, bem como o de aperfeiçoamento profissional”, enaltece, citando como suas maiores influências o filósofo e educador brasileiro Paulo Freire, além da psicóloga e pedagoga argentina Emília Ferreiro e do linguístico suíço Ferdinand de Saussure.

A professora Jancy segue sua trajetória profissional sem abrir mãos da linha pedagógica em que as artes (teatro, literatura, música) estão sempre presentes, assim como a produção de textos em sala de aulas, como forma de aplicar os conteúdos gramaticais de forma mais prazerosa. “Esta forma de lidar com o processo de ensino e aprendizagem marca bastante os meus alunos, porque eles passam a gostar de estudar a Língua Portuguesa”. Ela conta, ainda, que sempre trabalhou com estudantes de baixo poder aquisitivo, com suas dificuldades familiares. “Mas o material didático riquíssimo, com livros paradidáticos e maravilhosos, acabava fazendo com que se interessassem pela leitura em sala de aula. Fico orgulhosa por eles gostarem da proposta”.

Estudantes de Salvador e Ribeira do Pombal são premiados na Fenecit 2024, em Recife

Estudantes do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Salvador e do Colégio Estadual Professora Silvia Ferreira de Brito, localizado em Ribeira do Pombal, foram premiados na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit) 2024, que aconteceu até este sábado (12), na cidade de Recife, em Pernambuco. A maior feira de ciência e tecnologia do Nordeste visa despertar nos alunos o interesse pela produção e saber científico, através da construção de projetos de pesquisas no cotidiano escolar.

A participação dos estudantes no evento foi possível graças ao apoio do Governo do Estado que, através da Secretaria da Educação do Estado (SEC), contribui para a produção científica na Educação Básica, investindo na melhoria da infraestrutura escolar, com a construção de laboratórios, na capacitação de professores e, também, na execução de projetos e custeando passagens e hospedagens para a participação dos estudantes em eventos científicos que ocorrem em diversos estados brasileiros e em diferentes países.

Com o projeto “Absorvente de fibra de bananeira”, os estudantes Mirelly Alves Santana, 16 e Antônio Kelvin Santana, 15, ambos do 1º ano, conquistaram os seguintes prêmios: 1º lugar no prêmio Internacional “Por um mundo sem lixo”, 3º lugar na categoria “Ciências Agrárias” e credenciamento para participar do Encuentro de Jóvenes Investigadores (INICE), que acontecerá em dezembro de 2025, em Salamanca, na Espanha.

Mirelly falou da satisfação de participar e ser premiada no evento. “A experiência foi única, pois conhecemos pessoas de todos os lugares, pudemos fazer amizades e agregar conhecimento. Estamos muitos orgulhosos de representar a nossa escola e do resultado alcançado. Acreditamos em uma educação pública de qualidade porque somos frutos dela”.

Os estudantes do CJCC de Salvador, que fazem parte do Clube de Ciências Sementes da Bahia, também foram premiados. O projeto “Inventário Verde: Reconhecimento e Valorização da Flora do Dique do Tororó”, criado por Ariane Silva Santos, Everton Ribeiro e Francine Barbosa conquistou o 4º lugar na área de Meio Ambiente e credencial para participar da Expo Ciência Nacional México, em 2025. Já o “Projeto Pé na Mata”, com autoria de Jhonatas São José, Rubem Pablo Barros e Everton Silva, ficou em 4º lugar na área de Engenharias e recebeu credencial para participar da International Research School (IRS), na Rússia, também em 2025.

Jhonatas também comemorou as conquistas. “Estou muito feliz em participar desta edição de 20 anos da Fenecit. Ficamos em 4º lugar, mas já é um grande aprendizado por tudo o que vimos aqui. Essa troca de conhecimento e o fato de levarmos em consideração todas as opiniões para implementar melhorias são muito importantes. Investir nessa área da educação é essencial, pois motiva muitos outros alunos a também quererem desenvolver um projeto. Foi uma honra representar o nosso estado”, disse.

Renovação de matrícula da rede estadual para 2025 será realizada em novembro

Fotos ilustrativas: Claudionor Jr.

Estudantes da Rede Estadual de Ensino da Bahia devem ficar atentos: o período de renovação de matrícula para o ano letivo de 2025 vai acontecer entre os dias 18 e 29 de novembro deste ano. Para efetivá-la e garantir a vaga nas escolas, é fundamental seguir os prazos estabelecidos e apresentar o comprovante de residência atualizado.

A renovação deve ser realizada presencialmente, na escola onde o estudante está matriculado. O aluno ou seu responsável deve comparecer na unidade escolar e entregar a documentação que estiver pendente ou desatualizada, a exemplo da Carteira de Identidade (RG) ou Certidão de Registro Civil, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do comprovante de residência atualizado. A entrega desses documentos dentro do prazo é obrigatória para que a renovação da matrícula seja confirmada.

A secretária de Educação do Estado, Rowenna Brito, destacou a importância de os estudantes realizarem a renovação da matrícula para o próximo ano letivo. “Este processo é essencial para garantir a continuidade dos estudos, assegurando a vaga dos alunos nas suas respectivas unidades escolares. A renovação da matrícula é simples e pode ser feita presencialmente na escola onde o estudante está matriculado”, disse, lembrando que os estudantes e seus responsáveis precisam ficar atentos ao cronograma de matrícula para cada grupo (ver abaixo).

Novos estudantes – Já para os novos estudantes, a matrícula para 2025 poderá ser feita a partir do dia 13 de janeiro, de forma on-line, através da plataforma ba.gov. Para tanto, o estudante deverá ser cadastrado previamente no portal ba.gov e informar o CPF, documento obrigatório para a realização da matrícula. Caso o estudante não possua CPF, deverá solicitar antecipadamente o documento em qualquer unidade do SAC.

Após solicitar a matrícula, seguindo as datas do cronograma, o estudante terá até cinco dias para comparecer à escola escolhida e entregar os documentos exigidos. Esses documentos incluem o Histórico Escolar (original), RG ou Certidão de Registro Civil, CPF, comprovante de residência atualizado e, para o aluno de até 18 anos, a Carteira de Vacinação.

É importante destacar que a ausência de qualquer documento solicitado poderá comprometer a efetivação da matrícula. No caso da Carteira de Vacinação, o responsável terá um prazo de 30 dias para regularizar a situação, conforme a Portaria Conjunta SESAB/SEC nº 01/2018, sob pena de comunicação ao Conselho Tutelar.

Confira o cronograma de abertura da matrícula 2025 da rede estadual

18 a 29 de novembro de 2024:
Renovação de matrícula 2024/2025

13 de janeiro de 2025:
Matrícula para Pessoa com Deficiência – PCD

14 de janeiro de 2025:
Transferência de estudantes da rede estadual

15 e 16 de janeiro de 2025:
Matrícula para concluintes do 5º ou 9º ano do Ensino Fundamental

17 de janeiro de 2025:
Matrícula para todas as ofertas do Ensino Fundamental

20 e 21 de janeiro de 2025:
Matrícula para todas as ofertas do Ensino Médio